quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Atividade 3 - Passeio pelas gírias - Giselly, Gilmione, Jorge, Lucimar e Maria Cristina

Um passeio pelas gírias (variante culta) através dos tempos

Ainda garoto, fui rejeitado nos idos de 1920. Eu era um jovem de boa aparência, mas pobre. Fiquei triste. É fato, mas jurei me tornar uma pessoa importante e rica para nunca mais ouvir sermões daquela garota. Fiquei quase uma década me recuperando dessa malfadada sorte. Depois resolvi recuperar o tempo perdido e correr atrás de uma garotinha, uma menina bonita que eu conheci em um desses lugares que frequentava na época. Convidei aquela menina linda para assistir um filme, o sucesso do momento. Foi uma confusão. O pai dela não gostou nem um pouco. Fui repreendido. Só me esqueci da confusão dez anos depois. Esperei muito tempo. Não seria fácil enamorar-se daquela moça maravilhosa. Ela não esqueceu a discussão. Eu já estava ficando velho, mas ainda era moderno e bastante agradável, um sujeito apresentável. Além do mais, meu amigo, nos anos 60 eu não era mais pobre. Era um homem de boa aparência, tinha um carro potente, muito bom. Desses de fazer qualquer moça apaixonar-se. E uma coisa era certa, tinha autoestima era moderno. Resolvi sair e conquistar uma bela mulher. Estava interessado em uma mulher de boa índole e era homem de assumir meus compromissos. E naquela de estar pronto para um relacionamento, fiquei na maior tristeza. Mai 10 anos, meu amigo, desisti da moça bonita que com o passar dos anos já estava um pouco envelhecida, quase sem beleza. Não era mais aquela mulher linda. E eu ainda era bonito. Era de se admirar. Estava interessado em uma mulher bonita. De verdade, pode acreditar! Tentei convencê-la. Que dificuldade! Eu estava enganado. Ela não gostou da conquista. Dei-me mal. Foi horrível: ela me chamou de velho e se foi. Acabou. Enveredei pela política. Tornei-me insensível, fiquei amargo, só pensava em responsabilidades. Deixei de ser aquele homem agradável que vivia o amor com a maior intensidade. Nem me importava com as coisas do coração. Meu negócio era dinheiro, muito dinheiro, o que me agradava muito. Entrei contrariado nos anos 80, meio depressivo, entreguei-me completamente para o mundo frágil dos negócios, preocupado com as aparências, vendo a beleza passar no movimento daquelas meninas de calcinhas pequenas. Que bonito! Como me senti fora da moda! Chegaram os anos 90 e eu decidi acordar para a vida. Nas ruas, os jovens com os rostos pintados faziam pressão. Já aposentado, por pouco levaria a pecha de homossexual. As meninas da minha turma envelheceram. Fiquei muito confuso. Passei muito tempo refletindo. Vou investir totalmente em outro relacionamento. Estou disponível e vou mostrar através do meu olhar, pensei consciente, quis deixar de ser um irresponsável e parti para a conquista. Não queria mais me dar mal. Descobri que relacionamento sem compromisso não dá certo. Chega de irresponsabilidade e de vadiagem. Encontrei uma boa garota e fui falar com ela. Sou um bruto. Estava convencido. Vestido como um mocinho rico à procura de uma mocinha bonita e bem arrumada que se interessasse por mim, fui à conquista. Não sou nenhum pedófilo, mas resolvi conquistar a primeira garota que me desse atenção. Estava disposto a gastar. Que azar! Fui ridicularizado! Muito interessado, envolvi-me com uma mulher não muito bonita e de caráter duvidoso. A essas alturas da vida, não poderia escolher muito. O que pode querer um velho rico e solitário? Também não estava a fim de qualquer mulher. Estava me sentindo muito mal. Meio encabulado, não hesitei, cheguei até a mulher. A infeliz, chamou-me de velho. Desatento ainda pensei que fosse elogio. Não desisti. É mesmo o fim do século. Desorientei, quando um conquistador jovem chegou de lado e falou: “Aí, senhor, valeu! Vá se embora que eu vou sair com a prostituta”. Já era demais! Outra rejeição, esse coração antigo não agüentaria. Viajei no tempo... Até mais!...
Gilmione
Gisely

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